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A mostrar mensagens de setembro, 2008

O FOGO

- Há fogo!Há fogo!-Gritava o Micas. - Mas onde?- Perguntou Artur. - Não está muito longe da tua casa!- Respondeu o empregado da Junta. Artur sai como uma flecha em direcção ao seu lar. No ar, ouvia-se o repenicar do sino que chamava toda a aldeia a acudir o seu próximo. À mediada que se aproximava de sua casa, via-se uma espectáculo de luz. Toda a população corria. Uns levavam umas enxadas; outros uns ancinhos, outros uma pá; outros procuravam o simples ramo que serviria de arma contra este inimigo horrífico. De facto, a casa de Artur perigava. Os seus petizes choravam agarrados um ao outros, pois a mãe, Florinda, procurava colocar a salvo os seus haveres. Apesar da luta, o vento tornou-se aleado do fogo e num ápice invadiu o lar que tantas recordações trazia àquele família humilde, mas vertical nos seus ideais. Sentia-se em Artur um misto de dor e de revolta.