Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2012

O SR. REITOR DA FREGUESIA

Na freguesia vizinha, paróquia do sr. reitor, toda a comunidade o admirava. A sua humanidade transparecia num sorriso acolhedor e numa relação de estima com todos, independentemente da sua origem familiar ou dos escudos que escondiam debaixo do colchão. Pelas ruas da sua paróquia, havia sempre um "bom dia" ao Sr. Horácio, que não acreditava em Deus.Um "até logo" à D. Lucinda que não faltava a uma missa do sr. reitor. Um "viva o Sporting" ao sr. Manuel para quem a instituição era uma religião.Na taberna, acompanhava os seus paroquianos numa "Sagres", pretexto para concretizar com os seus paroquianos a verdadeira mensagem evangélica. A mensagem de amor era partilhada na igreja e vivida nas ruas, tabernas e lares. O sr Reitor, por onde passava, levava sempre uma palavra de esperança. O sr. Reitor era pois a materialização da mensagem evangélica. Todos o admiravam e respeitavam: pobres, ricos, crianças,adultos, cristãos e ateus.

OUTONO, UMA ESTAÇÃO DE EMOÇÕES

Imagem
O mês  de outubro aproximava-se. Com ele, vislumbrava-se já o quadro negro, o giz branco, a secretária da senhora professora e o Cristo crucificado. As férias estavam prestes a terminar. A rotina da escola era quase uma realidade para o irmão mais novo de Artur, o Pedrito. A passagem pela tasca do "Ti Zé" para comer o paposeco com molho das iscas, era um dos lados bons desta estação.  Enquanto a escola não começava, era o tempo da "caça" aos tralhões que nesta época abundavam nas serras e vales da sua terra. As oliveiras e árvores de frutos recebiam estas pequenas aves que nesta época davam mais vida a uma terra com cada vez menos vidas.  No dia anterior, tinham apanhado a "aúde" com a qual enganariam as ingénuas pequenas aves. Ainda o sol pestanejava, já  Pedro anda de casa em casa a chamar os colegas para o grande dia de emoções. Chegados às encostas,    o terreno era armadilhado com os "costilos" ou costelos. Manualmente, l evantam um