O DOMINGO
O domingo, dia do senhor, povoava as ruas da aldeia. Os habitantes das "quintas" vinham ouvir a "Santa Missa" e à tarde conviviam e jogavam à péla. Era o dia do encontro e do descanso. Artur, em França, lembrava as tardes passadas nestas actividades lúdicas. Fora aqui que conhecera melhor Florinda, com que quem se enamorara e viera a casar.
António, filho destes, seguira-lhes os passos e era dos primeiros a chegar para fazer parte das equipas. O banco da D. Purificação já se encontrava posicionado ao fundo da rua, para receber as bolas certeiras dos jogadores. Os mais jovens eram os primeiros a participar. Para a bola, era um dia de tortura enquanto que para o António, a Ana, o Quim, o Rafael e a Feliciana eram momentos de convívio e de liberdade.
A taberna do Sr. Sebastião enchia-se de gente. Uns bebiam um copito enquanto jogavam à sueca; outros, os mais jovens, bebiam uma "Sagres" acompanhada de amendoins e tremoços; os pequenos contentavam-se com um pequeno gelado de groselha, fabricado na taberna do Sebastião.
O toque das "Trindades" surgia do alto da torre informando que o dia estava prestes a findar.
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