O FOGO

- Há fogo!Há fogo!-Gritava o Micas.
- Mas onde?- Perguntou Artur.
- Não está muito longe da tua casa!- Respondeu o empregado da Junta.
Artur sai como uma flecha em direcção ao seu lar. No ar, ouvia-se o repenicar do sino que chamava toda a aldeia a acudir o seu próximo.
À mediada que se aproximava de sua casa, via-se uma espectáculo de luz. Toda a população corria. Uns levavam umas enxadas; outros uns ancinhos, outros uma pá; outros procuravam o simples ramo que serviria de arma contra este inimigo horrífico.
De facto, a casa de Artur perigava. Os seus petizes choravam agarrados um ao outros, pois a mãe, Florinda, procurava colocar a salvo os seus haveres.
Apesar da luta, o vento tornou-se aleado do fogo e num ápice invadiu o lar que tantas recordações trazia àquele família humilde, mas vertical nos seus ideais.
Sentia-se em Artur um misto de dor e de revolta.

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