A UVA TINTA

O Verão terminara. Com o regresso do Outono a labuta do campo continuava. Agora era o néctar dos deuses que era necessário sugar daquelas encostas que recebiam beijos calorosos do sol e faziam brilhar reluzentos cachos de uvas. É a festas da família e dos amigos. A dureza do trabalho era ultrapassado pelo convívio e pela partilha. Os burritos caminhavam por vales encostas transportando as uvas deliciosas que iam sangrando. A feijoada retemperava as forças tão necessárias para fazer cumprir aquele ritual pré-outonal. Quando o trabalho campal cessava, iniciava-se o ritual caseiros da pisa da uva. Os homens, num abraço fraterno, faziam transformavam o bago em vinho. Esse mesmo vinha inspirava os "pisadores" nas cantigas que entretanto se faziam ouvir pelo serpenteado da aldeia. Um acordeão, por vezes, tornava este momentos ainda mais deliciosos.

Comentários

Al Cardoso disse…
Que saudades eu tenho dos tempos em vinha ajudar a vindima na Quinta da Eira, que era dos meus tios-avos e, pisar as uvas ao som dos nossos canticos tradicionais.
Ate o vinha mais tarde nos sabia melhor!

Um abraco de amizade dalgodrense
Al Cardoso disse…
Queria ter escrito: "Ate o vinho..."

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