UNIRAM AS MÃOS E FUGIRAM GUIADOS PELO AMOR

O Cristo daquela terra morrera. A Páscoa trazia movimento, cor e alegria à aldeia. Os jovens jogavam à bola na rua principal. As mulheres organizavam-se na cozedura dos bolos de azeite. Ricardo, neto da D. Alzira, agarrava-se ao avental da avó enquanto esta batia na massa à semelhança de um pugilista. O forno comunitário era a casa de muitos nesta época especial. Enquanto os bolos coziam, as conversas rodavam à volta da fuga de da filha da D. Teresinha, a professora da terra e muito respeitada na aldeia, com o filho do Sr. Agostinho, homem trabalhador honrado que fazia os possíveis e impossíveis para manter o seu rebento a estudar em Coimbra.
D. Teresinha, conhecedora do murmurar do povo sobre aquela relação, proibira qualquer aproximação de sua filha Ana àquele rapaz de origem humilde. O velho ditado ainda estava enraizado:"homem pobre casa com mulher pobre"; " homem rico casa com mulher rica".
Naquela madrugada de Abril, Ana e Carlos uniram as mãos e fugiram guiados pelo amor.

Comentários

Al Cardoso disse…
Havia alguns casos desse genero infelizmente!

Um abraco dalgodrense.

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