Em busca das pérola negras II

Artur era sempre o primeiro a subir às oliveiras mais altas, arriscando, por vezes, uma queda em busca de meia dúzia de azeitonas.

Artur era um homem que embora tivesse,somente 20 anos, aparentava uma maturidade maior, a que a vida o obrigara. Desde criança que conhecia aquele ritual anual. Tinha estudado até ao segundo ano, no colégio da vila. A necessidade não permitiu que continuasse os estudos. Oriundo de uma família remediada, desde muito cedo teve consciência que tinha que sustentar a casa, pois seu pai falecera lá longe, em África, para onde se foram na ânsia de poder dar uma vida melhor àqueles que tanto amava, a mulher e os seus três filhos. Assim, muito cedo se tornou o homem da casa que, juntamente com sua mãe ajudou a criar os seus irmãos mais novos, Manuel e Teresa. As adversidades da vida foram-no tornando mais sábio e mais forte. Após algum saber livresco, a vida dera-lhe até ao momento a outra formação.

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