A FESTA

Finalmente chegara a festa em honra de Santa Apolónia. Na pretérita semana, as ruas foram limpas pelos dois trabalhadores da junta que nestas altura tentam mostrar serviço para justificar a sua necessidade. O Pe. Jorge convidara o Pe. Ramiro. Este era conhecido nas redondezas por fazer chorar as velhas. Os andores, mais uma vez, encontravam-se recheados de notas, resultado das promessas feitas pelo povo em desespero de vida.
Os foguetes matinais sinalizavam o início da festa. O latir dos cães respondiam ao tiroteio. O Toninho tocava no alto da torre a primeira. o Sr.Bernardino ordenara aos Micas que fosse esperar a banda de Música de Vila Nova.
A manhã era pois sonorizada, visualizando-se, aos poucos, o povo a sair das tocas com as fatiotas novas.
A procissão começava da capela em direcção à igreja onde havia "missa cantada". À frente seguia a cruz, ladeada pelas duas lanternas. Os homens, à frente, organizados, faziam duas filas. A seguir, vinham os andores. Santo António, santa Teresinha, Sagrado Coração de Jesus e quatros crianças levavam o menino Deus todo vestido de branco.

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